segunda-feira, 19 de março de 2012

Berkana: Símbolo do Sagrado Feminino

A Cia Pagã de Teatro está seguindo no Facebook o O Bosque de Berkana, que traz sempre lindas palavras e imagens,  além de muitas orações celtas deliciosas. Foi através deles que surgiu a vontade de escrever um pouco por aqui sobre a simbologia da runa que dá origem ao nome do site.

Usadas desde 3mil a.C. pelos celtas e povos vikings para ler a sorte, as Runas são pequenas pedrinhas com símbolos, na verdade letras do alfabeto celta (também chamadas 'Runas')  usado antigamente nos escritos germânicos, na Escandinávia e nas ilhas Britânicas. 

Senta que lá vem História...
A mitologia nórdica conta que estas pequenas peças foram encontradas por um de seus mais importantes deuses, Odin ( deus da sabedoria, da guerra, da morte, e ainda representante junto a outros deuses da magia, da poesia, da vitória e da caça). Segundo conta o mito os deuses nórdicos moravam em Asgard, no topo de Yggdrasil, a arvore que sustenta os nove mundos. E é nesta árvore que Odin enfrenta seu momento mais difícil.  Entregue em sacrífício, ferido por sua própria lâmina, eles permance amarrado por nove dias e nove noites ao tronco da árvore sem comida e com muita dor. Depois deste tempo, ele morre e renasce feliz depois de conhecer o mistério da sabedoria, ter uma visão que revela para si as Runas. 

BERKANA, BERKANO, BJÖRK, BJARKAN


A Runa Berkana é um arquétipo muito importante no Sagrado Feminino.  Mirella Faur (líder espiritual fundadora do movimento conhecido como o Ressurgimento do Sagrado Feminino, o retorno da Deusa no Brasil) a descreve da seguinte forma: 

"Berkano é o poder gerador feminino que sustenta o processo de criação, manifestação, crescimento e decadência. Ela contém e guarda tudo o que foi concebido e também o protege e nutre até que chegue o momento propício para sua materialização; posteriormente também zela pelo seu desenvolvimento.
(...) Ela rege os quatro ritos de passagem da humanidade: nascimento, adolescência, casamento e morte. (...) Representa a Mãe Boa e a Mãe Terrível. 
Todos os fenômenos da natureza estão sintetizados nessa runa; cada forma de existência tem sua unicidade em um certo momento, o ser, do qual é construído o porvir. (...) Sua forma reproduz os seios e o ventre em gestação (de perfil).(...)"

É portanto uma personificação dos mistérios femininos, relacionado tanto ao equilíbrio do papel feminino (menina, adolescente, mulher, mãe, avó) quanto ao desequilíbrio. Sua aparição num jogo de Runas pode simbolizar tanto uma bênção quanto um alerta.

E para fechar o post, um videozinha da feminista e feminina Björk, que recebeu dos pais um nome tão significativo:


ou dois...